terça-feira, 1 de abril de 2014

Happiness

Estou há alguns dias a querer partilhar isto convosco, mas tem sido difícil apanhar um momento para escrever  com a calma que o assunto merece (curiosamente, a partir do momento em que digo que estou sem grande ânimo para escrever, desato a fazê-lo quase diariamente - isto deve ser alguma espécie de psicologia invertida).
Adiante, há uns dias a Nicole (a minha amiga super talentosa, já gostam da página dela no facebook?) publicou este artigo e achei-o tão verdadeiro que fiquei absorvida. E através dele, cheguei ao blog da Fernanda, o FÊliz com a vida, que entrou directamente para o meu top de preferências. Tive de o ler do início e não parei até ler os posts todos, a Fernanda consegue por por escrito muitos pensamentos que tenho e não consigo ordenar no meu cérebro agitado. 
Gostei particularmente da forma como ela encara a vida, e da reflexão que a levou a despedir-se, colocar a vida toda numa mala e partir mundo fora a viajar e a pesquisar sobre a felicidade. Porque a Fernanda não era infeliz, mas viveu a vida toda com objectivos tão específicos, que quando os atingiu pensou "e agora? O que vem a seguir?". E é uma questão que a minha geração enfrenta diariamente. As hipóteses de crescimento profissional e tradicional parecem escassas com a crise, o mundo está cada vez mais pequeno, as hipóteses de explorar o mundo aumentam e se ainda por cima é possível trabalhar e produzir em qualquer canto, como resistir ao apelo? By the way, se não conhecem, espreitem o blog da Rafaela, que está a fazer um projecto semelhante, a aproveitar o facto de ser freelancer para viver noutros países durante 1 ano. 

Voltando ao FÊliz com a vida, aconselho que o leiam, espreitem a pesquisa e leiam este post e este também. Referi no post anterior que tenho andado a pensar muito sobre a minha vida, e essas reflexões pareciam ter réplica nos textos dela. Há coisas que não podem acontecer por acaso. E acho que este blog apareceu na minha vida na altura certa. E uma pessoa de repente sente que o mundo pode ser conquistado de mochila às costas. É apenas uma questão de querermos, e de sabermos o que nos faz feliz.

(com isto não quero dizer obviamente que vou largar tudo e fazer-me à estrada, mas num mundo em que parecemos tão limitados, é refrescante ver que existem outros caminhos, menos ortodoxos, mas que fazem tanto sentido. E as possibilidades abrem-se perante nós.)

(via)


10 comentários:

Merenwen disse...

Que me dera ter a coragem para fazer isso, colocar a minha vida numa mala e partir pra ser feliz. Parece tao simples mas requer tanto, temos tantos medos e vivemos tao agrilhoados a esta seguranca ilusória! Vou espreitar este blogue, talvez aprenda algo útil :)

Analog Girl disse...

Merenwen, quando vi os teus posts de regresso das férias pensei logo que irias adorar este blog. Lê, aposto que também te vais rever imenso! :)

Lúcia disse...

* O teu post fez-me lembrar a música da doce Clarice Falcão. " O que faz você feliz? Você feliz, o que é que faz? Você faz o que te faz feliz? O que faz feliz você que faz!"

Não conhecia os blogs. Obrigada pela partilha! Dá vontade de partir amanhã!

Ana Fernandes disse...

... obrigada pela partilha, tb me encontro em modo de reflexão e gosto de tudo o que me faça pensar e questionar a vida...;)

Analog Girl disse...

Lúcia, não conheço essa música mas a letra é deliciosa! Espreita os blogs, valem muito a pena! :)

Ana, se estás nessa fase da vida vais certamente gostar, eu fiquei maravilhada!

Lúcia disse...

https://www.youtube.com/watch?v=J56lxZ-Oz7Q

Para alegrar o dia!

Analog Girl disse...

Que delícia! Obrigada :D

Ana Burmester Baptista disse...

Não conheço o blog da Fernanda mas tenho acompanhado a corajosa da Rafa na sua mega aventura. Às vezes acho que estamos presos a estigmas culturais que mais tarde nos prendem, não nos deixam crescer. Tenho amigas inglesas que fizeram anos sabáticos entre o liceu e a universidade, outras que se lançam em start ups e que todos as apoiam..Aqui? Aqui cada vez que alguém resolve ser diferente - tal como fazer a mala e ir à vida - levamos com os velhos do Restelo todos a agoirar os priores presságios. Tenho um filho nuam idade complicada e por isso não posso dar-me ao luxo de o fazer com facilidade, mas quero que ele, se sentir necessidade, saiba que os pais o apoiam no que ele decidir. E se ele decidir vender bolas de berlim na praia cá estaremos para o ajudar e não torcer o nariz como os meus pais fizeram tantas vezes.
Quanto a ti, seja o que for que ande a navegar nessa cabeça, pensa em TI e depois nos outros. Afinal, tens de estar bem para tratar de quem está certo? :) Beijinhos!

_+*Ælitis*+_ disse...

O projecto germina. Absorves as inspirações de outras aventuras, de outras pessoas. O próximo passo é definir as coisas ao teu ritmo. And one day, someone will be blogging about how they did the same inspired by you.

Analog Girl disse...

Ana, tens toda a razão. Precisamos de sentir que as opções que imaginamos poderão ser as melhores para nós. Não que eu pense desistir de tudo, estou bastante satisfeita com o meu trabalho neste momento, mas não quero deixar de fazer algo por mim, e tenho aqui algumas vontades que ainda não se transformaram em projecto mas vamos a ver se as levo a algum lado. :)
Obrigada!

Menina Elite, creio que é como dizes, vamos deixando as sementes das ideias germinar, há muita coisa a acontecer. Quanto à última parte... nem penso nisso, mas era muito bom. :) Beijinho grande menina*